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Semana da Consciência Negra, em Pernambuco, aborda o Afrofuturismo e o protagonismo das juventudes negras

Evento aconteceu de 10 a 14 de novembro em parceria com a Unicap e o Liceu Nóbrega, com oficinas, palestras e uma roda de diálogo aberta ao público

 

A Fundação Fé e Alegria Pernambuco realizou, de 10 a 14 de novembro, a Semana da Consciência Negra 2025, com o tema “Afrofuturismo: criando futuros possíveis para juventudes negras”. A iniciativa, promovida em parceria com a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e o Liceu Nóbrega, teve como objetivo valorizar a cultura afro-brasileira, fortalecer o protagonismo negro e estimular a reflexão crítica sobre a luta contra o racismo e a construção de futuros mais justos e igualitários.

 

Ao longo da semana, a programação reuniu oficinas culturais, mesas de diálogo, cine debates e apresentações artísticas, que celebraram a ancestralidade africana como força criadora e libertadora. As atividades proporcionaram um mergulho na cultura afro-brasileira e nas narrativas que moldam o presente e projetam o futuro, promovendo o respeito à diversidade étnico-racial e o fortalecimento do protagonismo negro por meio da educação, da arte e do diálogo. Foram discutidos temas como identidade, representatividade, tecnologia e a contribuição do povo negro para a formação cultural, social e histórica do Brasil, com destaque para oficinas de arte afro, capoeira, tecnologia negra, danças afro, turbantes, penteados e uma exposição fotográfica inspirada na religiosidade e no afrocentrismo.

 

O ponto alto da programação foi a roda de diálogo “Afrofuturismo: criando futuros possíveis para juventudes negras”, realizada no dia 13 de novembro, no auditório G2 da Unicap. O encontro reuniu Patrícia Oliveira, advogada e membra da Comissão de Igualdade Racial da OAB/PE; o Coletivo Akoben, formado por pedagogas com foco em educação decolonial e quilombista; Tiago Rocha, sociólogo e educador social da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Recife; Anderson Kleyton, doutor honoris causa, olossain do Ilê Axé e militante do Movimento Negro Unificado (MNU); Fagner Cleiton, grafiteiro, assistente social e educador social; e Guilherme Alves, doutor em Ciência da Informação, professor e consultor em inovação. O debate estimulou reflexões sobre o papel da juventude negra na construção de novos imaginários e possibilidades de futuro, unindo pensamento crítico e inspiração.

 

Para o instrutor de Aprendizagem da Fundação Fé e Alegria Pernambuco, Ednaldo Menezes, o evento foi uma oportunidade de refletir sobre o passado e construir coletivamente novas possibilidades de existência. “O Afrofuturismo nos convida a imaginar o amanhã a partir da ancestralidade e da criatividade que marcam a trajetória do povo negro. A Semana da Consciência Negra reforça esse movimento ao destacar o papel da juventude como força transformadora e a importância de criar espaços permanentes de diálogo, escuta e reconhecimento das identidades negras”, afirmou.

 

A programação, que se estendeu por toda a semana, ocorreu na sede da Fundação Fé e Alegria Pernambuco e na Unicap, das 8h às 17h, reunindo estudantes, educadores, jovens aprendizes e o público em geral interessado em temas ligados à cultura afro-brasileira, cidadania e educação.

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